27 out

Na tarde desta sexta-feira (27/10), no Auditório da Unidade de Ensino e Pesquisa (UEP), aconteceu a 1° Mostra Audiovisual Indígena na FUP idealizada pela Associação Cultural dos Realizadores Indígenas (Ascuri).

Participaram como mediadores os docentes Felipe Canova, Mariana Holanda e Mônica Nogueira, os documentaristas Ivan Molina e Gilmar Galache, e estudantes dos cursos de graduação da FUP.

Foram exibidos cinco curtas-metragem: Os guardiões do Rio Apa, Gente de Água, Retomada Teykue, Ohokoti e Marisqueiros.

A Ascuri tem como objetivo aproximar a produção audiovisual indígena do Brasil e da Bolívia. Gilmar enfatizou os ganhos da parceria com Ivan Molina. ‘’Quando conheci o Ivan, percebi a conexão do nosso audiovisual com a Bolívia, que propiciou o resgate da língua, das tradições e da luta’’, disse Galache.

Ivan enfatizou o real significado da língua para os povos tradicionais. Para ele, ‘’a língua tem o poder da terra, e quando se perde a língua perde-se também o território’’. Segundo o documentarista, para entender os curtas, faz-se necessário que os telespectadores entendam a língua nativa presente nas obras. ‘’Por que vocês não podem aprender a minha língua?’’, concluiu Molina.

Mariana Holanda fez análises sobre os curtas, e de acordo com a docente, os filmes trazem o poder das rezas e dos conhecimentos de antepassados nas curas de doenças que, atualmente, a medicina tradicional não possui soluções.

Felipe Canova questionou a construção do processo de oficina do curta ‘’Marisqueiros’’, evidenciando a mensagem obtida com a obra, que, para ele, ‘’requer atenção aos modos de vida e visões de mundo’’. Sobre o curta ‘’Gente de Água’’, Felipe abordou a conexão existente entre a obra e o curso de Licenciatura em Educação do Campo, no quesito formação de professores nas comunidades e preservação da língua e das tradições.

Idealizadora da Mostra, professora Mônica Nogueira.

Gilma Galache e Ivan Molina (ao fundo).

 

 

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