08 set

O Programa de Educação Tutorial (PET) do campus Planaltina, conhecido como PETCiências, teve início em 2010, e possui atualmente 18 estudantes bolsistas e não bolsistas. Apesar do programa conter o nome do curso de Ciências Naturais, o PET possui estudantes de Gestão Ambiental e Gestão do Agronegócio.

O PET visa subsidiar grupo de estudantes de ensino superior interessados em desenvolver atividades extracurriculares sob a orientação de um professor tutor. O programa é financiado pelo Ministério da Educação (MEC), que concede um determinado valor semestralmente para a realização das atividades.

O professor Eduardo Bessa, do curso de Ciências Naturais, é o atual tutor do PETCiências. Em seu segundo semestre de tutoria, Eduardo enfatiza as metas para este ano. ‘’A meta principal é desenvolver kits para o ensino de Ciências. Paralelo a isso, nós estamos desenvolvendo uma atividade que permanece da gestão anterior, que são as visitas feitas às escolas. Atualmente, estamos desenvolvendo dois projetos: Jornalismo Científico da FUP e o CinePET’’, explicou.

O Jornal Científico da FUP (JCFUP) consiste em entrevistar docentes que tenham publicado artigos nos últimos seis meses.  De acordo com o tutor, os estudantes encarregam-se de ler o artigo e debater com o pesquisador sobre a relevância da pesquisa. ‘’Para o PET, vai ter um aprofundamento melhor sobre a pesquisa, vai se aprender a falar numa linguagem simples e acessível ao público, além de aprender a trabalhar com tecnologia de imagem. Para o professor que produziu o artigo, ele vai ter seu trabalho divulgado e acessível para aqueles que ajudaram a financiar a pesquisa. A sociedade vai ter acesso àquilo que eles ajudaram a financiar. Acho que não poderia ter uma combinação melhor de resultados: alunos aprendendo, cientistas tornando o conhecimento público e a sociedade aprendendo mais’’, ressaltou Eduardo.

MOTIVAÇÃO – Sarana Nunes, estudante do curso de Ciências Naturais, buscava algum projeto em que pudesse atuar em conjunto com a comunidade acadêmica. ‘’Eu assistia as aulas todos os dias, fazia os trabalhos, as provas, mas não me sentia dentro da FUP. Uma amiga me falou sobre o PET e pensei: ‘Eu vou lá ver qual é a dos caras’. Fiz a entrevista, passei e estou aqui’’, disse.

 ‘’Quando entrei no PET era a gestão do Paulo Brito. Comecei a ter interesse em ir para as escolas, fazer oficinas, que era justamente o eixo da extensão’’, disse Breno Barboza, estudante de Ciências Naturais.

Para Bruce Lorran, egresso do curso de Ciências Naturais, o PET oferece autonomia em diversas áreas do conhecimento. ‘’O PET abrange três pés: a extensão, ensino e pesquisa. Você pode ir para qualquer área. Estamos trabalhando com socialização, tivemos vários eventos: EnaPET, PETisco, EcoPET. Esse foi o motivo pelo qual entrei no PET: ele oferece vários caminhos para se trabalhar na universidade’’.

Bruno Cézar, estudante de Ciências Naturais, descobriu o Programa quando ainda cursava o quinto semestre de Química. ‘’Participei do PIBID de Química.  Lá, eu fazia muitas oficinas. Eu vi a possibilidade de começar a fazer as oficinas de química no PET’’, disse.

Além das oficinas, Bruno destaca outras atividades, como a sua participação no XXII Encontro Nacional do Programa de Educação Tutorial (XXII ENAPET), realizado em Brasília durante o mês de julho. ‘’Apresentei a oficina de Química dos Polímeros, que foi meu projeto de metodologia. Com a oficina eu fui para dois congressos este ano: um na Argentina, outro em Florianópolis’’, destacou.

O estudante convidou os demais discentes da FUP para participar do Programa, e ressaltou a importância do envolvimento com as atividades. ‘’As pessoas que queiram entrar no PET precisam mostrar algo diferente, propor coisas novas’’. Bruno enfatizou os ganhos obtidos com o PET em sua carreira acadêmica. Segundo o estudante, o Programa possibilitou o contato com outros cursos – Astronomia – e discentes, contribuindo para seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Bruno Cézar, participante do PET. Foto: Isadora Soares

 

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