06 mar

Salas limpas e arejadas; paredes com novas cores e tetos revitalizados, fazem parte da Escola Municipal Flor do Cerrado, localizada no bairro Capão das Negas, em Planaltina de Goiás. A finalização das reformas aconteceu na última quinta-feira (01), por meio da disciplina Construção de Projetos Sociais Multidisciplinares, vinculada ao Projeto Rondon e ministrada durante o verão pela professora Juliana Caixeta (FUP/UnB).

Estudantes de graduação de diversos cursos compuseram a disciplina, que teve como base três metas principais: ‘’deixar um legado para a escola, promover a relação universidade-escola e provocar transformação’’, pontuou Juliana. Segundo a docente, os estudantes identificaram os principais problemas e dividiram-se em grupos de trabalho, a fim de executar os mais diversos reparos. ‘’ Cada aluno se identificou com um grupo e foi tocando seu projeto, foi planejando, executando. Tinha o grupo da limpeza, grupo da brinquedoteca, grupo dos reparos — que trabalha nessa área de conseguir os recursos materiais e humanos — e o grupo da horta’’, concluiu.

Os desafios foram muitos: desde telhas quebradas até a falta de forro. Os voluntários conseguiram apoio da prefeitura e da Secretaria de Educação para a reforma de quatro salas e de uma brinquedoteca — inexistente antes do projeto ­. ‘’Colocamos forro, instalamos lâmpadas LED, varões com cortinas, tomadas duplas, revitalização dos armários, deixamos as salas funcionando e bem melhor do que estava e montamos a brinquedoteca. Fizemos a reforma dos banheiros, arrumamos os acessórios, pintamos a direção e a coordenação. Foi um esforço muito grande’’, enfatizou Juliana, que também é coordenadora do projeto Educação e Psicologia: mediações possíveis em tempo de inclusão.

Aproximadamente 150 pessoas ajudaram na revitalização da escola, que teve início em 15 de janeiro e se estendeu até 01 de março. ‘’A parceria firmou desde o primeiro contato com a professora Juliana Caixeta no primeiro semestre do meu mestrado. Esse projeto da reforma solidária é a concretização de um sonho dos estudantes da disciplina de verão e dos nossos alunos’’, disse Leila Silva, professora de ciências naturais da Escola Municipal Flor do Cerrado.

Para Adriana de Sousa, estudante de Ciências Naturais, as principais dificuldades durante o processo de reforma foram as ‘’questões burocráticas’’ para arrecadar doações. ‘’ Havia dias em que não tinha o material, e nisso a Juliana foi excepcional, ela conseguiu voluntários não só para fazer as coisas, mas para doar, que são os colaboradores do Projeto Rondon, a comunidade e os estudantes da disciplina. Essa foi uma tarefa que diariamente estava sendo construída’’, disse a estudante, que agradeceu a oportunidade em colaborar com a escola. ‘’Gratidão em ajudar o próximo mesmo sem saber quem ele é’’.

As alunas Maria Clara e Dinieny Costa, do 9° e 8° ano, também participaram como voluntárias na limpeza e pintura das salas. Para elas, a escola está bem diferente do que era há quase dois meses. ‘’ Olhando para hoje, e o que era antes, está muito bom. Ajudei a limpar os forros, limpar as salas e fazer grafiatos. Foram muitos dias. Eu chegava cansada em casa e toda suja, mas valeu a pena’’, disse Maria Clara, relembrando os dias em que contribuiu com a escola.

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